segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

X, Y, Z

Era uma vez três letrinhas que se chamavam X, Y e Z, respectivamente. X era uma letra idiota, Y uma letra indecisa e Z era o segredo. Y não sabia com quem mais combinava. Não sabia se ficava mais bonito XY ou ZY, era totalmente indecisa, porém sempre achou que XY fosse mais sofisticado. Mas, como em todo caso, sempre tem um que faz o papel do insatisfeito, e nesse, X apesar de gostar de Y e estar sempre junto a essa letra, ele é mais chegadinho em um W. Porque mais que não combinem nada. Z é uma letra amiga e companheira de X e Y,  mas esconde um segredo há muito tempo em relação a um deles.
Alguns anos se passaram e muitas coisas mudaram para X e Z, e que conseqüentemente afetou indiretamente a letra Y. X tinha que largar algumas coisas, deixar W pra trás, pegar os meninos e por na pochetezinha e mudar de posição no alfabeto. W ficou triste e Y também então Z teve uma brilhante idéia. Sabia que aquele seria o momento mais do que apropriado para expor a todas as letras do alfabeto o seu maior segredo. W desistiu de X. X se mudou. Enquanto Y pensava o que fazer da vida, Z pensava o que fazer da sua vida em relação a Y. Mas porque Y? Y não era de X? X não era de W? O que Z pretendia fazer? Qual era o segredo?
Na realidade, quanto mais eu tento desenrolar essa história mais certeza do segredo eu tenho. Tudo parece fazer sentido quando nos esperamos a favor do tempo. Pode parecer também que nunca terá fim. Que aquilo que mais esperamos nunca estará verdadeiramente preparado pra nos receber com a mesma intensidade com que o recebemos e que, quando este estiver pronto, não será pra ficar, mas para ir embora.
Z tinha um segredo, que até eu desconheço, mas que apenas uma letrinha poderia entender: um amor.

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