segunda-feira, 21 de novembro de 2011

E que eles voem


Uma vez li numa reportagem falando sobre o comportamento de alguns animais no percorrer de determinadas fases de sua vida. Naquele dia se tratava pássaros e dizia que o primeiro vôo de um filhote é sempre na companhia de seus pais. Às vezes eles, os filhotes, tentam sair do ninho sozinhos, mas apenas duas coisas os impedem de sair: a altura que se encontra o ninho e os próprios pais.
Se formos analisar, nem o fato de nunca ter voado impede que o filhote abra suas asas. Às vezes guardamos aquilo que mais amamos tão longe do chão e tão perto de nós, que nem percebemos que um dia eles vão ter que sair do aconchego de nossas asas e partir à procura do seu próprio ninho.
Então, faça o primeiro vôo com eles. Ensina-os a força, o caminho e como não se deixar levar por qualquer vento. Revele a eles, ao longo da jornada, sua experiência de vôo nessa vida. Alimente-os de coragem e sabedoria, torne-os saudáveis e aptos para fazer qualquer coisa enquanto voarem. E se assim estiver certo, deixe que eles realizem sozinhos o segundo vôo.
Liberte-os. Deixe-os voar até onde podem ir, corram até seus sonhos, conquistem novas terras e façam seus ninhos sozinhos. Lembre-se: você não vai com eles, você fica e observa de longe o que eles fazem. Se caírem, você prontamente se oferece para ajudar. Se gritarem de medo ou desespero, você pode consolá-los. Se chorarem, você poderá enxugar as suas lágrimas...
A vida é assim. Não podemos ter tudo perto de nós pra sempre. Prender as pessoas na nossa gaiola de “proteção máxima” não torna ninguém livre, pelo contrário, cortamos seus sonhos e tiramos sua capacidade de voar.
Abra a porta e deixe que eles voem. Deixe que se vá. Você ensinou tudo o que deveria ensinar e libertá-los é confiar que eles são capazes de ir e fazer a diferença. Mas não se entristeça com isso, tudo que eles farão foi porque aprenderam com quem teve paciência e amor para voar aquele primeiro vôo com eles, e por causa disso, eles também são capazes de voltar.

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Onde está Deus?

 Quando acontece uma tragédia, seja pessoal, nacional ou global, as pessoas se perguntam como Deus pôde permitir que tais coisas acontecessem. No que ele estava pensando? Ele realmente está no controle? Podemos confiar a condução do universo a alguém que permite isso?
 É importante reconhecer que Deus habita uma esfera diferente. Ele ocupa outra dimensão. "Os meus pensamentos não são os pensamentos de vocês, nem os seus caminhos são os meus caminhos... Assim como os céus são mais altos do que a terra, também os meus caminhos são mais altos do que os seus caminhos, e os  meus pensamentos, mais altos do que os seus pensamentos" (Isaías 55:8,9).
 Dê uma atenção especial à comparação implícita. Os pensamentos de Deus não são os nossos pensamentos, nem são como os nossos. Nem estamos na mesma vizinhança. Estamos pensando: preserve o corpo; ele está pensando: preserve a alma. Sonhamos com um aumento de salário; ele sonha ressuscitar mortos. Evitamos a dor e procuramos paz; Deus usa a dor para trazer paz. "Vou viver antes de morrer", decidimos; "Morra para que você possa viver", ele instrui. Gostamos do que enferruja; ele gosta do que dura. Nos alegramos com nossos sucessos; ele se alegra com nossas aflições. Mostramos aos nossos filhos o astro da Nike exibindo um sorriso de um milhão dólares e dizemos: "Seja como Ronaldo"; Deus aponta para  o carpinteiro crucificado e diz: "Seja como Cristo".
 A natureza é a oficina de Deus. Como cita Max Lucado: "O céu é seu currículo. O universo é seu cartão de visita. Você quer saber quem é Deus? Veja o que ele fez. Você quer conhecer o poder de Deus? Dê uma olhada na sua criação. Está curioso para saber sobre a força de Deus? Faça uma visita à sua casa: avenida Um Bilhão de Estrelas do Céu. Quer saber qual é o tamanho de Deus? Saia à noite e olha para a luz das estrelas emitidas há um milhão de anos".

Ele não se contamina com a atmosfera do pecado, não é controlado pela linha do tempo da história, não é impedido pelo cansaço do corpo.
O que controla você não controla Deus. O que preocupa você não preocupa Deus. O que cansa você não cansa Deus. A águia se incomoda com o tráfego? Não, ela voa acima dele. A baleia fica inquieta com um furação? É claro que não; ela mergulha abaixo dele. O leão se agita com um rato no meio do seu caminho? Não, ele pisa no rato.
 E quão mais Deus é capaz de voar acima e mergulhar abaixo de nossos problemas e pisar neles? "O que é impossível para o homem é possível para Deus" (Mateus 19:26).
 Como é vital que oremos com a consciência de que Deus está no céus. Oremos com uma convicção um pouco menor e nossas orações serão tímidas, superficiais e vazias. Erga os olhos, veja o que Deus fez e observe como suas orações são estimuladas.
 Esse conhecimento nos dá confiança enquanto enfrentamos o futuro incerto. Sabemos que Deus está no controle do universo e, por isso, podemos descansar seguros. Mas  também é importante o conhecimento de que este Deus que está no céu escolheu se inclinar para a terra para ver a nossa aflição e ouvir as nossas orações. Ele não está tão acima de nós a ponto de não ser tocado pelas nossas lágrimas.
 Embora não possamos ver seu propósito ou seu plano, o Senhor do céu está no seu trono e no firme controle do universo e de nossa vida. Assim, nós lhe confiamos o nosso futuro. Nós lhe confiamos a nossa vida.

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Dê tempo ao tempo

Nossa vontade às vezes, é de pegar a nossa "caixinha de idéias corretas" e jorrar dentro da mente de outros pessoas. Muitas coisas são difíceis para o ser humano, e uma delas é se auto-avaliar.
Quando expressamos nossa opinião ou repreendemos alguém (em amor), fazemos isso porque queremos o bem e não o mal deste. Isso também as pessoas não entendem...
Então, pensando nisso, fiz uma teoria: "Infelizmente, não podemos fazer uma "lavagem cerebral" nas pessoas para ensiná-las o que é certo diante dos seus erros. O tempo é melhor cura para àqueles que estão perdidos em decisões erradas. E com ele, o tempo, as pessoas aprendem a ver quão dura é realidade fora do seu mundo imaginário."
Por isso, não gaste muito o seu tempo com gente que não esta dando a mínima para o que você tem a dizer à elas. Deixe que com o próprio tempo, as pessoas valorizem as vozes de quem realmente as amam.

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Mais do que amigo, ele é irmão

Hoje eu acordei e fui ver qual era o versículo do dia. E para a minha surpresa, dizia algo que realmente muitas pessoas tem, que é amigos e, o que falta na vida de muitas são amigos que se tornam irmãos. O versículo era: "O amigo ama em todo o tempo; e na angústia nasce o irmão." Pv 17:17


Estive refletindo sobre esse versículo e até compartilhei, como de costume, com outras pessoas. Como temos amigos, né? Se formos hoje para algum lugar onde tenha várias pessoas, tipo um acampamento, posso dizer que, primeiramente você é simpático com todos. Depois, você faz uma "seleção" daqueles que você se identifica e gasta tempo conhecendo eles. Nesse instante, através de pequenos fatos engraçados ou ditos como inesquecíveis, surge o amigo. O mesmo que você vai trocar mensagens, tweets, rir daqueles momentos. Esse é o amigo. Mesmo distante vocês estão "juntos" e isso é importante em qualquer amizade.
Além disso, tem a evolução do amigo. Pode ser aqueles velho amigo ou o novo amigo. Se bem que existem velhos amigos que não evoluem para um nível superior; e novos amigos, que até achamos estranho já se tornarem amigos "mais evoluídos" do que os velhos. Para isso, exige tempo. Exige a fidelidade da amizade. A presença da amizade. E o carinho que essa amizade tem pra você. Quando você tem dificuldades, um amigo "comum", o típico amigo das horas normais, ele tenta ignorar seus problemas. Às vezes, até sentimos que nós não temos valor nessa amizade e saímos mais perdidos do que achados. Por outro lado, o "amigo evoluído" ele tem o interesse, a preocupação e a disposição de ouvir e de solucionar seus problemas. E você sente prazer e vontade de estar sempre ao lado dele, porque ambos desejam um para outro apenas uma coisa: a edificação.
Você notou a diferença? É diferente quando você quer aprender a nadar e alguém apenas te joga no mar ou na piscina, de quando alguém te diz: "Vamos aprender a nadar juntos!" Isso é o "amigo evoluído" que é o irmão. Na dificuldade, você realmente descobre quem é o irmão. Um amigo verdadeiro não é aquele que ignora seus problemas, mas sim, aquele que entra nos problemas junto com você. E nós precisamos disso: de pessoas que se importam com pessoas para a edificação em Deus.

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

O Convite

Oi gente! Aqui estou eu outra vez depois de muito tempo. Bom, estive fora durante algum tempo e tive a oportunidade de estar pensando sobre algumas coisas. Uma delas pude compartilhar com um amigo que, acabou me ajudando muito em relação a isso. E aqui esta um texto que expressa esses meus dias e é o que eu realmente fiz. Beijos, Lene Motta (:


Faz três anos que convivo com uma dor enorme dentro de mim. Uma dor que parece uma avalanche que destrói e tira a vida existente nas minhas lembranças. Quando essa avalanche bate na porta de casa, vira todos os móveis, suja e molha as mobílias novas além de me levar consigo. Nosso coração é a nossa casa. Em nossas mentes temos lembranças e apesar de tudo o que acontece à nossa volta, queremos que elas permaneçam estáveis e intocáveis.
Já reparou quando uma criança ganha um brinquedo novo? Normalmente, cada criança desenvolve dentro de si o egoísmo, por isso que é quase impossível outra criança brincar com o presente novo ou ao menos, a criança dividir seu brinquedo.
Nós somos assim. Nossos corações e nossas mentes são assim. E nós somos as crianças egoístas que não querem dividir o que é seu com Deus. Nem se quer deixamos que Ele dirija seus olhos para aquilo que temos de mais valioso, mas Ele sabe que esta lá.
Essa avalanche toma conta da minha vida ás vezes, e por mais eu “consiga” limpar a casa, ela sempre volta e quando volta sempre me lembro de Quem a mandou na minha vida. Então, fecho a porta. Não permito que Ele veja a bagunça que esta dentro de casa e como isso faz mal. Por mais que eu queira a ajuda de Alguém para me auxiliar na limpeza, meu egoísmo fala por mim: “Pare de convidar Quem bagunça sua casa para entrar nela! Faça isso sozinha, você sempre fez sozinha.” Na realidade, sempre ouvi essa voz, mas dessa vez precisei pensar e repensar em quem estava realmente fazendo mais bagunça na minha vida.
Vivemos em um mundo onde as avalanches na nossa vida são constantes, se formos parar para analisar. E se a neve entra na sua casa e estraga tudo, é porque você deixou a porta aberta. Deus não coloca à nossa porta, avalanches mais fortes do que podemos suportar. Ele não permite que limpemos uma “bagunça” a mais do que possamos limpar e se quando tudo esta um caos e fazemos tudo sozinhos, nos lamentamos porque Deus não nos ajuda e não se preocupa conosco, peço para que coloque sua vassoura de lado e sente no seu sofá e pense: “Será que Deus não gostaria de participar dessa limpeza?”
Deus não é mal educado, Ele espera ser convidado e bate à nossa porta. A única maneira de abrir a porta é pelo lado de dentro. O lado em que você está. De repente, Ele está só esperando você o convidar para entrar na sua vida, então vale à pena dar uma corridinha até a porta e ver se Ele já esta lá. E não demore a fazer isso, senão será mais e mais bagunça acumulada dentro de sua casa.

“Avaliar é bom. Agir de acordo é melhor.”

terça-feira, 11 de outubro de 2011

Aula de Voo

Esse é um fragmento do livro "A Cabana", situado no capítulo 6 - Aula de Voo


"Papai não respondeu, apenas olhou para as mãos dos dois. O olhar de Mack seguiu o dela, e pela primeira vez ele notou as cicatrizes nos punhos da negra, como as que agora presumia que Jesus também tinha nos dele. Ela permitiu que ele tocasse com ternura as cicatrizes, marca de furos fundos, e finalmente Mack ergueu os olhos para os dela. Lágrimas desciam lentamente pelo rosto de Papai, pequenos caminhos através da farinha que empoava suas faces.
 - Jamais pensei que o que meu filho optou por fazer não nos custou caro. O amor sempre deixa uma marca significativa - ela declarou, baixinho e gentilmente, - Nós estávamos lá, juntos.
Mack ficou surpreso.
 - Na cruz? Espere aí, eu pensei que você o tinha abandonado. Você sabe: "Meu Deus, meu Deus, porque me abandonastes?" - Era uma citação das Escrituras que frequentemente assombrava Mack na Grande Tristeza.
 - Você não entendeu o mistério daquilo. Independentemente do que ele sentiu no momento, eu nunca o deixei.
 - Como pode dizer isso? Você o abandonou, exatamente como me abandonou!
 - Mackenzie, eu nunca o abandonei e nunca deixei você.
 - Isso não faz nenhum sentido - reagiu ele rapidamente.
 - Sei que não, pelo menos por enquanto. Mas pensei nisso: quando tudo que consegue ver é sua dor, talvez você perca a visão de mim, não é?
(...)
 - Não se esqueça, a história não terminou no sentimento de abandono de Jesus. Ele encontrou a saída para se colocar inteiramente nas minhas mãos. Ah, que momento foi aquele!
Mack se encostou na bancada um tanto perplexo. Suas emoções e pensamentos estavam todos misturados. Parte dele queria acreditar em tudo que Papai dizia. Seria ótimo! Mas outra parte questionava ruidosamente: "Isso não pode ser verdade!"
Papai continuou:
 - Não sou quem você acha, Mackenzie. - As palavras dela não eram raivosas nem defensivas.
Mack olhou para ela, olhou para o cronometro e suspirou:
 - Estou me sentindo totalmente perdido.
 - Então vejamos se podemos encontrá-lo no meio dessa confusão.
Quase como se tivesse a deixa um pássaro azul pousou no parapeito da janela e começou a pular para trás e para frente.Papai enfiou a mão numa lata sobre a bancada e, abrindo a janela, ofereceu para isso.Sem qualquer hesitação e com aparente ar de humildade e gratidão,o pássaro foi direto para a mão dela e começou a comer.
 - Considere nosso amiguinho aqui - começou ela. - A maioria dos pássaros foi criada para voar. Para eles, ficar no solo é uma limitação de sua capacidade de voar, e não o contrário. - Ele parou para deixar que Mack pensasse nisso.- Você, por outro lado, foi criado para ser amado. Assim, para você, viver como se não fosse amado é uma limitação e não o contrario.
Mack assentiu não porque concordasse completamente mas sinalizando que entendia e estava acompanhando. O que ela dizia  era bastante simples.
-Viver sem ser amado é como cortar as asas de um pássaro e tirar sua capacidade de voar. Não é algo que eu queria para você.
Ai é que estava. No momento ele não se sentia particularmente amado.
-Mack a dor tem a capacidade de cortar nossas asas e nos impedir de voar. - Ela esperou um momento, permitindo que suas palavras se assentassem. - E, se essa situação persistir por muito tempo, você quase pode esquecer que foi criado originalmente para vocar.
Mack ficou quieto. Estranhamente, o silêncio não era tão desconfortável assim. Olhou o pássaro. O pássaro olhou de volta para Mack. Ele imaginou se seria possível os pássaros sorrirem. Pelo menos aquele parecia ser capaz.
 - Não sou como você, Mack.
Não era uma repreensão, e sim a simples declaração de um fato. Mas para Mack foi como um banho de água gelada.
 - Sou Deus. Sou quem sou. E, ao contrário de você, minhas asas não podem ser cortadas.
 - Bom, é maravilhoso para você,  mas onde, exatamente, isso me deixa? - reagiu Mack, parecendo mais irritado do que gostaria.
Papai começou a acariciar o pássaro, aproximou-o do rosto e disse:
- Exatamente no centro do meu amor!"

sábado, 17 de setembro de 2011

esquecida.

"Hoje quando ela acordou, levantou num suspiro. Olhou para todos os lados e observou sua mão. Aquele brilho sutilmente iluminou seus olhos. Sorriu e começou o dia.
Caminhava por entre as pessoas iluminada. Conversava com as pessoas iluminada e estava realmente iluminada. Até que, por muito longe andar, seu brilho se perdeu. Quem o houvera dado, se perdeu. Quem o receberá se perdeu.
A luz já não era a mesma nem na sua mão, nem no seu olhar. Havia ido muito longe e não podera voltar.  Porém, hoje, quando ela acordou, levantou com outro suspiro. Olhou para todos os lados e observou sua mão. Aquele brilho já não estava mais onde sempre estivera. Agora, ele brilhava no fundo da gaveta do banheiro."

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

o nosso tempo.

Muitas vezes erramos por não esperar o tempo certo das pessoas.
Cada pessoa tem seus limites e estes devem ser respeitados.
O problema é que se não atendem à porta quando batemos, optamos em pular o muro.
Eu queria que você também fosse capaz de contar comigo, os grãos de areia do tempo que o vento leva...

terça-feira, 9 de agosto de 2011

Manual de Instrução


Não suponha algo que nunca viveu.
Não imagine coisas que seus olhos não querem ver.
Não jogue mais do que possa apostar.
Não compre mais do que possa pagar.
Não cumprimente se estiver de máscara.
É fácil fingir se parecer com tudo, difícil mesmo é ser tudo sem fingir.
Não faça coisas sem ler o manual de instruções.
Tudo o que você precisa é de um motivo;
um motivo basta pra você saber o que você é.
Espero que não seja a vida quem lhe dê motivos,
pois ela é muito rude as vezes com quem não a conhece.
Espero que ache seu reflexo em qualquer espelho que não seja o meu.
Em alguma fonte de água pura e cristalina que não seja a minha fonte Sonhadora.
As pessoas nos vêem; pensam e juram coisas alheias
como se fossem as mais fiéis do mundo, mas não se apaixone
pelo perfume delas. Faça você o seu.

sábado, 6 de agosto de 2011

dois de espadas.

"Não muito longe da fronteira da Suíça encontramos uma placa com a indicação de Dorf. Viramos numa pequena estrada, que conduzia suavemente montanha acima. Era uma região deserta; lá em cima, perto dos picos, só havia algumas poucas casas de madeira espalhadas entre as árvores.
Logo escureceu, e já estava quase pegando no sono quando despertei ao ouvir meu pai dizer:
 - Pausa para um cigarrinho.
Descemos do carro e respiramos o ar puro dos Alpes. Era noite. Lá no alto, o céu estrelado parecia um cobertor elétrico com milhares de pequenas lâmpadas, cada uma com um milésimo de watt. Meu pai foi fazer xixi no acostamento. Quando voltou, acendeu um cigarro, apontou para o céu e disse:
 - Somos uns caras danados mesmo, meu filho. Veja você... não passamos de figurinhas de Lego tentando ir de Arendal até Atenas num pequeno Fiat! Que coisa, hein? E dentro de um grãozinho de ervilha! Sim, porque lá fora, quer dizer, fora dessa vagem em que vivemos no nosso grão de ervilha, Hans-Thomas, existem muitos bilhões de galáxias. Cada uma delas possui algumas centenas de bilhões de estrelas. E só Deus sabe quantos planetas existem! – Bateu a cinza do carro e continuou: - Não acredito que estejamos sozinhos, meu filho. Não acredito mesmo. O universo está fervilhante de vida. Só que nunca saberemos se estamos ou não sozinhos. As galáxias são como ilhas solitárias, sem qualquer ligação entre si.
É verdade que se podia criticar muita coisa no meu pai, mas nunca achei chato conversar com ele. Ele é o tipo de pessoa que nunca iria se contentar com uma vida de mecânico. Se dependesse de mim, ele teria direito a um salário do governo como filósofo. Certa vez ele mesmo disse algo nesse sentido: “Temos ministérios para tudo, mas não para a filosofia. E até os países grandes acham que podem dar contas de suas tarefas sem elas”.
Com o peso daquela herança que eu tinha sobre os ombros, tentava participar das conversas filosóficas que meu pai sempre começava quando não estava falando de mamãe. Naquele momento, eu disse:
 - O fato de o universo ser tão vasto não significa necessariamente que a nossa Terra seja um grão de ervilha.
Meu pai sacudiu os ombros e acendeu outro cigarro. No fundo não estava particularmente interessado na opinião dos outros quando falava sobre a vida e sobre os astros. Nesse ponto era um homem seguro demais quanto à sua própria opinião. Em vez de comentar minha afirmação, disse:
 - Com mil diabos, Hans-Thomas, de onde vêm as pessoas como nós? Você já pensou a respeito disso?
É claro que já tinha pensado muitas vezes; mas como sabia que minha resposta não adiantar muita coisa, deixei que ele continuasse falando. Nós nos conhecíamos fazia tanto tempo, meu pai e eu, que eu sabia que aquilo era o melhor.
 - Você sabe o que a sua avó me disse um dia? Ela disse ter lido na Bíblia que Deus está lá no céu e ri das pessoas que não acreditam nele.
 - E por quê? – perguntei. Perguntar era sempre mais fácil do que responder.
 - Muito bem... – começou meu pai. – Se há um Deus, que nos criou, então de certa forma somos “artificiais” aos seus olhos. Falamos besteiras, discutimos e brigamos entre nós. Depois nos separamos e morremos, compreende? Somos superinteligentes: sabemos contruir bombas atômicas e foguetes para ir à Lua. Mas nenhum de nós se pergunta de onde veio. A gente simplesmente se contenta em estar por aqui, dividindo com os outros este espaço.
 - E é nessa hora que Deus ri de nós?
 - Exatamente. Se nós fôssemos capazes de criar um ser artificial, Hans-Thomas, nós também iríamos rachar o bico de rir se esse ser artificial saísse por aí falando um monte de bobagens sobre os índices da bolsa de valores ou sobre corridas de cavalos, por exemplo, sem se perguntar a coisa mais simples e mais importante de todas: “De onde é que eu vim?”.

segunda-feira, 18 de julho de 2011

oito de ouros

(Estes são fragmentos retirados do livro “O dia do Curinga” de Jostein Gaarder. Situado nas páginas 266 a 271.)

“- Na praia, uma criança constrói um castelo de areia. Por um momento, contempla admirada a sua obra. Depois destrói tudo e constrói outro castelo. Da mesma forma, o tempo permite que o globo terrestre realize seus experimentos. Aqui nesta praça (Agora, na Grécia) se escreveu a história do mundo; aqui os acontecimentos foram gravados na memória das pessoas, e depois novamente apagados. Na Terra, a vida pulsa de forma desordenada, até que um belo dia nós somos modelados... com o mesmo e frágil material dos nossos antepassados. O sopro do tempo nos perpassa, nos carrega e se incorpora em nós. Depois se desprende de nós e nos deixa cair. Somos arrebatados como num passe de mágica e depois novamente abandonados. Sempre há alguma coisa fermentando, à espera de tomar nosso lugar. Isso porque não temos um solo firme sob nossos pés. Não temos sequer areia sob os pés. Nós somos areia.”
“- Não há lugar onde possamos nos esconder para escapar do tempo. Podemos escapar de reis e imperadores, e talvez até de Deus. Mas não podemos escapar do tempo. O tempo nos enxerga em toda parte, pois tudo à nossa volta esta mergulhado nesse elemento infatigável.”
“- O tempo não passa, e não é um relógio. Nós passamos e são os nossos relógios que faz tique-taque. O tempo vai devorando tudo através da história, silenciosa e inexoravelmente, como o sol se levanta no Leste e se põe no Oeste. Ele destrói civilizações, corrói antigos monumentos e engole gerações atrás de gerações. Por isso é que falamos dos “dentes da engrenagem do tempo”: o tempo mastiga, mastiga... e somos nós que estamos no meio de seus dentes.”
“- Por um breve espaço de tempo fazemos parte da extraordinária agitação deste mundo. Andamos pela Terra como se isso fosse a coisa mais evidente do mundo. Você viu como as pessoas se agitam feitam formigas lá na Acrópole? Mas toda aquela agitação vai desaparecer. Vai desaparecer e ser substituída por outra, pois sempre há outras pessoas prontas, à espera. Sempre surgem novas idéias. Nenhum tema se repete, nenhuma composição é escrita duas vezes... Nada é tão complicado e tão precioso quanto um ser humano. Apesar disso, somos tratados com futilidades baratas.”
“- Vagamos por esse mundo como personagens de uma aventura maravilhosa. Cumprimentamo-nos e sorrimos uns para os outros como se quiséssemos dizer: “Oi, aqui estamos nós vivendo juntos nesse momento! Dentro da mesma realidade... ou da mesma história”. Vivemos num planeta do universo. Mas logo seremos varridos do tabuleiro. Abracadabra e... pronto! Desaparecemos.”
“- Podemos dizer, de braços abertos, que existimos. Mas logo somos colocados de lado e enfiados no saco das trevas da história. Pois somos criaturas sem retorno. Somos parte de um eterno baile de máscaras, em que os mascarados vêm e se vão. Só acho que merecíamos coisa melhor, Hans-Thomas. Você e eu merecíamos ter nossos nomes gravados em alguma coisa eterna, que não fosse apagada como o mar que destrói o castelo de areia.”
 “- Você acredita que haja alguma coisa que não possa ser levada como a areia do castelo que a água do mar destrói?”
“ - Aqui – disse ele, e apontou para sua cabeça. – Aqui dentro tem alguma coisa que não pode ser levada. O pensamento não pode ser levado, Hans-Thomas. Os filósofos em Atenas achavam que também há uma coisa que não passa. Platão chamava isso de o mundo das idéias. Pois não é o castelo de areia a coisa mais importante na brincadeira da criança. O mais importante é a imagem de um castelo de areia que a criança tem na cabeça antes de começar a construir o castelo. Por que outra razão você acha que ela destrói com as mãos o castelo que acabou de construir?”
“- Nunca aconteceu com você de querer desenhar ou construir alguma coisa e não conseguir fazer isso direito? Você tenta mais de uma vez, tenta outras vezes, mas nunca dá certo. Isso se explica pelo fato de que a imagem que você tem do que quer fazer sempre é incomparavelmente superior às copias a que você tenta dar forma com as mãos. E o mesmo ocorre com tudo o que vemos à nossa volta. Trazemos dentro de nós a noção de que tudo o que vemos à nossa volta poderia ser melhor do que é. E sabe por que fazemos isso, Hans-Thomas? Porque trazemos em nós todas as imagens do mundo das idéias. É lá a nossa verdadeira morada, entende? E não aqui embaixo, no meio da areia, onde o tempo apanha e devora tudo o que amamos. Pelo menos era o que achava Platão, um dos maiores filósofos gregos. Nossos corpos têm o mesmo destino dos castelos de areia. Quanto a isso não há o que fazer. Mas temos uma coisa em nós que o tempo não consegue corroer. E não consegue porque ela não pertence a este mundo. Precisamos voltar nossos olhos para além e para cima do que vemos à nossa volta. Precisamos enxergar aquilo de que tudo à nossa volta é apenas uma imitação.” 

sábado, 2 de julho de 2011

Pronto para correr sozinho?

Existem determinadas coisas que eu ainda preciso reforçar no meu conceito. Simples detalhes que apesar de já ter passado diversos momentos em que, eu sabia que não adiantaria nada apostar a minha fé no impossível, sendo que impossíveis - não sei porque - não se realizam comigo. 
A gente cresce ao lado de alguém que nos ensina sobre o básico da vida. Crescemos e nos desenvolvemos baseados nesse rascunho que obtivemos. Aprendemos a andar com nossos pés, falar nossas próprias palavras e criar nosso vocabulário. Comemos com nossas próprias mãos, cantamos o que queremos cantar, fazemos e guardamos o que nossa mente quer guardar e fazer. Observamos com os nossos próprios olhos e com os mesmos, choramos sozinhos. Com nossa boca contamos verdades e mentiras, erguemos castelos e barracos. 
É impossível viver as custas de alguém que não sabe nem pra onde seus pés a levam. É impossível contar com quem não enxerga pra onde anda, pois assim, seriam um cego guiando outro cego. É impossível querer a voz quando todas só dizem mentiras. É impossível querer companhia quando todos correm por si só. Simplesmente sozinhos.
Preciso aprender isso: que apesar de juntos, todos estamos separados. Cada um traça o seu caminho e seus sonhos, e faz valer tudo para que estes se realizem de acordo com o planejado. E se ainda não tenho meu caminho, eu o farei, afinal, eu corro sozinha nessa corrida.

sexta-feira, 24 de junho de 2011

if...

Se tudo ao seu redor desanda, segure-se.
Se o tempo fecha e nuvens densas pairam sobre a sua cabeça, proteja-se.
Se tiver uma sombra, uma árvore e um imenso céu azul, deite-se.
Se tocar uma música, balance.
Se levar uma pancada mais forte do que possa suportar, apegue-se.
Se os ventos te balançarem para todas as direções, equilibre-se.
Se for momentos inesquecíveis, fotografe.
Se algo que você tanto deseja não chega na hora marcada, espere.
Se tudo te for negado, revele-se.
Se tiver um filme, pipoca e um telefone pra ligar para os amigos, festeje.
Se nada corre pelo caminho certo, organize-se.
Se ver uma foto antiga, recorde-se.
Se tudo estiver nos conformes, fortifique-se.
Se tiver que sair com alguém que sempre quis nesse final de semana, apaixone-se,
mas se acaso se decepcionar, chore.
E só então entenderemos porque a vida vive-se.

sexta-feira, 10 de junho de 2011

just like our last.

Eu sei que toda vez que estamos perto um do outro, nossas lembranças surgem.
Você me olha e parece que esta lendo os meus pensamentos
E sabe o que é o pior de tudo isso? É que toda vez que você a lê,
Você acerta, mas não entende que o que eu realmente preciso é de alguém
Que faça isso com mais freqüência.
Eu te olho e vejo o que você foi quando ainda éramos alguém.
Agora depois daquela noite, não pude imaginar que todo esse brilho existente
Apenas nos seus olhos partiram.
Mas eu ainda te vejo nas fotos como eu ainda te vejo dormindo e às vezes,
Eu sinto você me esquecer com o mesmo ritmo com que você respira.
Mas saiba que eu ainda vou continuar saindo com os nossos velhos amigos
Apenas pra saber como que você esta...
E espero que esteja ótimo onde você está.
Então, vamos sentar no tapete e rever nossas fotos e tentar achar alguma forma
De nos tornar um dia algo que possamos sentir saudade...
Como o nosso ultimo beijo.
Tentar te entender às vezes, é como fazer algo sem fórmula.
Quando você fala, tudo começa a rodar no compasso da sua melodia
E eu apenas sei que enquanto me lembro de você, você desejaria ter ficado
Mas você não deixa que eu veja dentro de você, porque eu sei
Que se eu olhasse me perderia novamente.
Ora, não é triste isso que estamos fazendo com nós mesmos?
Jogando toda a nossa ruína dentro de casa?
Isso é foi apenas mais um sonho em que você acordou
E esqueceu-se de me chamar.
Mas eu não quis acordar.

sexta-feira, 27 de maio de 2011

autorretrato.

(Essa foi uma redação que eu fiz na escola e a proposta era fazer um autorretrato).


Porta- retratos

Às vezes, sentimos medo de recordar o que éramos. De fazer nossa mente abrir a porta que nos leva a vagar por um extenso corredor repleto de lembranças penduradas.
É uma porta velha, aos pedaços, mas que esconde um longo caminho atrás dela. Nas paredes desbotadas, diversos porta-retratos frágeis e delicados; guardando consigo a imagem de uma pequena menina em seu vestido de renda e laços. Imagens de seus brinquedos e as mais belas bonecas que tinha. Imagens, também, de sua família, dos tombos e vários machucados que fizera aprendendo a andar de bicicleta e patins. As travessuras e seus respectivos castigos. “Que criança levada”, pensei comigo, mas apesar de tudo isso, seu carinho e fragilidade eram evidentes.
Continuei minha caminhada e alguma coisa estava diferente. O corredor aparentava estar estreito e tão difícil de passar, e aquelas porta-retratos foram misteriosamente se transformando. Antes tão brilhantes e delicados agora, estavam de cor cinza e um forte vento vinha deles. Um cheiro de chuva subia pelas narinas e a água daquela tinha gosto de lágrimas.
Não havia brinquedos. Não havia laços coloridos. Eram sempre as mesmas imagens. E onde está a pequena menina? Pois bem, ela cresceu e a chuva que molha o meu rosto, era ela quem fazia. Espantei-me com as imagens. Quis tirá-la de lá. Daquelas lembranças. Tirá-la do meio daqueles remédios e frascos e pessoas vestidas de branco andando freneticamente dentro de um grande estabelecimento cheia de pessoas, também vestidas de branco, mas com suas almas doentes. Era por quem estava lá dentro que ela chorava até que, de repente, um porta-retrato se fez água. Logo depois se precipitou no chão e cravou nele como uma pedra.
O corredor tornou-se transitável e mais uma vez me deparo com mais porta-retratos. Algo me surpreende, pois só havia fotos dela: daquela menina que agora, era uma mulher. Não havia seus pais, talvez tenham se perdido com o tempo, mas devido a perca, ela não parecia mais tão abalada assim. Os porta-retratos agora eram feitos de ferro, brilho e letras. Resistência, sonho e palavras espalhadas pela moldura.
Ela novamente cresceu e se desenvolveu. Ela era formada de palavras. Seus olhos castanhos brilhavam como o seu sorriso esperançoso de a cada dia encontrar um sentido para tudo o que desejara.
Andei mais alguns metros e sai daquela corredor satisfeita, pois eu sabia que ela estaria bem onde estivesse. E última coisa antes de fechar a porta totalmente, gostaria de dizer que ela conseguiu achar um sentido. Ela escreveu seu nome com o tempo. Nunca lhe disseram o seu significado e também nunca o descobrira. Mas vejo que levar tempo quer dizer descobrir. Ela própria descobriu o seu nome e seu merecido significado.

domingo, 22 de maio de 2011

um momento.

A vida é mais tempo alegre do que triste. Melhor é ser.

o homem de fogo.

Às vezes até eu me surpreendo com o imenso intervalo de tempo que fico sem postar nada por aqui; mas saibam que minha memória esta cheia de textos e textos, gritando e quase saltando para as teclas. É provável que todos saibam que durante esses meus dias “off-line”, como sempre, pude pensar e refletir sobre muitas coisas. E uma delas que me chamou mais a atenção é como o ser humano consegue ser infeliz com tantas coisas boas que tem. Como conseguem ter o que é seu por direito e mesmo assim, ficar de olho na “grama do vizinho”. Muitas vezes não é nem inveja (se é que posso chamar assim) de bens materiais, mas ultimamente esse sentimento tem se aprofundado cada vez mais. Passamos de substantivos concretos, para abstratos em um apenas uma vírgula.
Aprendi a comparar as pessoas com uma fogueira quase apagada. No que me refiro a “quase”, quer dizer que há possibilidade de o fogo reaver, reduzindo assim, as chances que esse fogo tinha de se apagar totalmente. As pessoas são assim: fogueiras quase inativas. As lenhas são seus bens, a brasa é o um sentimento de inveja e o vento um fator externo. Dependendo da força e da maneira com que ele sopre essa brasa, o que antes não era passa a ser uma grande e ardente fogueira.
Nós protegemos o que temos com garras e dentes. Vivemos nossas vidas tranquilamente, com ou sem ter um pingo de inveja. Mas se vem um amigo fazendo um comentário sobre algo que ele conseguiu, a vida amorosa, uma promoção no emprego ou qualquer outra coisa que sirva como um vento, já é mais do que o suficiente para atiçar a brasa e acender novamente o fogo.
É inevitável não ter uma brasa de inveja dentro de nós querendo nos incendiar, mas nem sempre uma brasa leva com ela apenas uma fogueira. Às vezes, até uma floresta. Devemos tomar cuidado com o que pensamos e com o que desejamos. E mais cuidado ainda com nós mesmos. Muitas vezes nós podemos nos queimar com tanto fogo de ódio, rancor, inveja e tantos outros sentimentos reprimidos ainda acesos dentro de nós. 

domingo, 17 de abril de 2011

prison.

 Primeiramente, acho que todos as pessoas são capacitadas para fazer a sua própria liberdade. Não acredito que já nascemos totalmente livres - por mais livre que uma pessoa possa se declarar -, pois desde que fomos gerados e fazemos parte desse amontoado de seres pensantes denominado 'sociedade', estamos limitados a algo que ainda não descobrimos.
 O que aprisiona mais o homem do que o dinheiro? Ou a fama e reconhecimento. O que o atormenta mais do que uma super promoção no emprego ou estar sujeito a ser demitido do seu posto? O que não o deixa dormir? O que faz desaparecer totalmente todas as fórmulas matemáticas, físicas e químicas de sua memória ou ainda tê-las e não se lembrar mais de que momento usá-las? Minha resposta é... amor.
 Nada cativa mais o ser humano do que o amor. Somos impotentes, loucos, frustrados, limitados e tudo isso porque não conseguimos ainda dominar algo: o amor e seus efeitos. Nada do que fazemos ou que possamos fazer é eficientemente eficiente para nos libertar disso. Mas o triste é saber que toda vez que, enfim, conseguirmos nos libertar de um, sempre virá outro a seguir. E não há chave. Não há saída.
 E se eu pudesse te controlar, te prender e te manipular como tem feito a tanto tempo comigo assim, juro que te sufocaria como me sufocou. Te faria chorar com a mesma intensidade que me fez chorar. E te deixaria louco ao ponto de não saber mais o que é certo ou errado como você fez comigo, mas só se eu tivesse força pra te fazer tudo isso um dia, porém, ainda dependo muito de você, amor.

sexta-feira, 15 de abril de 2011

price.

"Um negociador,
interesseiro,
manipulador.
Sem desejo ou amor
que habitasse ainda
dentro do seu
podre coração.
Nada que sentisse,
amasse,
esperasse.
Nada de cores,
nada de vida.
Nada o abalava
a não ser o desejo 
de saber se conseguira 
mais uns milhões com
o furto de sonhos."   

quarta-feira, 13 de abril de 2011

mine.


“A vontade de ter algo que não pode ter é incansável”.

“Diversas coisas podem acontecer em apenas um dia e em questão de segundos, o céu escorre pelas telhas e erguem-se as estrelas nos vidrais das janelas, enfeitando-as com brilho e sonhos. O tempo pode passar, e o amor também.”

“Junto a você, o seu amor me envolve”.

“O meu pensamento é o mesmo que o seu, mas hoje o meu coração bate mais forte”.

“Amar é mudar a alma de casa.”

“E quando os seus temores passarem, eu sei que poderá me amar, afinal você não acha que todo mundo precisa de alguém”?

“Sinto saudades das coisas que nem existiram. Sinto saudades das coisas que você deixou de dizer enquanto me abraçava”.

“Não quero me enganar pelo o que sinto, apenas quero ter certeza e não errar outra vez”.

“A gente passa o dia inteiro á espera de uma oportunidade”.

“Não precisa me chamar se não quiser me atender. Não precisa me dar imaginação se não pode me sustentar, aliás, o que a gente fez por nós até agora”?

“Acontece que a liberdade não passa de saudades de você”.

“Se nós nos amássemos de novo eu juro que te amaria certo”.

“E meu fardo para suportar é o amor que não posso mais carregar”.

“Dói estar aqui. Apenas quis amor de você.O que vou fazer”?

call me.

Malas feitas. Portas trancadas. Um bilhete meu perto do seu telefone. Que coração não olha pra trás quando isso acontece.
Você gostava de me abraçar enquanto tudo ao redor acontecia e sussurrar composições de amor ao meu ouvido, sem melodia nenhuma.
Nossas mãos eram o que a roupa é para o corpo. Aconchego.
E nossos beijos eram como manjares russos. Delicados.
Seus carinhos são como as nuvens. Puros.
E seu olhar é como a noite. Segredo.
Seus braços me acolhem como uma sopa quente no inverno. Refúgio.
E minha cabeça se encaixa muito bem no seu ombro. Amor.
Eu queria que nada tivesse acabado. Não queria ter chegado ao destino, estacionado o carro, deixado você descer e ter ido embora.  De tão apertados que estávamos, queria que soubesse ainda respiro o seu perfume.
Não se prenda ao que os outros dizem. Saiba que aprendi a amar em apenas uma, e uma só noite. E que eu espero pacientemente até o dia raiar.
A única peça que não consigo encontrar nesse seu quebra-cabeça sou eu. Como é que podemos terminar algo que nem formamos?
Como eu queria que soubesse que durante esses anos, os dias pra mim foram longos apenas esperando outro dia cheio de você, mas eu acho que todos esses dias já passaram e agora? O que eu vou fazer?
O meu bilhete esta debaixo do seu telefone. Pode me ligar quando ler. 

sábado, 2 de abril de 2011

eu acho que eles deveriam ler isso.

Hoje foi mais um dia normal como os outros, mas com apenas um acréscimo de curiosidade sobre esse mundinho horripilante que os homens formam dentro de suas cabeças.
Tive o prazer de presenciar uma conversa nada agradável para nós, mas do ponto de vista deles é a coisa mais certa que um homem deve fazer pra uma mulher.
Foram milhões e milhões de baldes de água fria lançados por apenas uma pessoa. Agora imagine o tempo gasto pra pensar em tudo isso. Pra fazer tudo isso e ter o prazer de fazer algo assim com alguém. Bom, os baldes não estão na seqüência em que foram jogados, mas isso realmente não me importa:
  1. “Ah, quando ela passa na rua eu só viro a cara, nem olho direito pra ela. Ela sapateia de raiva, mas é assim mesmo que tem que ser (...)”
  2. “Eu ligar? Ah, nem ligo nada. Se ela quiser, ela que ligue nem vou me importar.”
  3. “O melhor jeito de acalmar ela é ignorando, assim ela amansa rapidinho.”
  4. “Quando ela fala, eu nem dou bola. Saio mesmo e que se dane. Ela não manda em mim... nem minha mãe manda em mim, não vai ser ela então quem vai.”
  5. “Eu falar com ela? Xé.... Sou mais ficar na minha, ignorando ela, ai depois ela vem me lambendo e quando ela fizer isso, eu só vou e dou aquela pisadinha nela. Aí ela chora, mas de boa.”

Pois é, isso é apenas o que um homem pensa e ainda nem vi o pensamento dos outros. Eu digo que às vezes gostaria de ter o poder de ler mentes, mas se os pensamentos deles forem todos assim, então queria ter o poder de bombardear a mente de cada um deles.
Acho engraçado o começo. Quando eles querem muito uma garota. Fazem de tudo, são gentis, atenciosos e até despertam dentro de si um espírito de cavalheirismo que nem sabiam de tinham. É engraçado, porque eles te ligam, mandam mensagens, vão até as nossas casas, combinam várias saídas apenas pra estar conosco. Tornam-se nossos amigos e companheiros, prestativos e amorosos. Gostam de se comunicar com a gente – e tem até aqueles que se comunicam demais - dão relatórios e satisfações de tudo o que fazem ou simplesmente, daquilo que deixam de fazer. Querem ouvir nossas opiniões, nos elogiam, nos seguem no Twitter e tantas outras coisas que classificamos como românticas e bláblábláblá.
É, é exatamente assim que tudo começa, mas e depois? E depois de tudo? Hum?! Pois é, depois de tudo quem tem que tomar atitude somos nós. Se duvidarmos, somos bem mais “homens de atitude” do que eles próprios. Bom, depois, quem passa a ligar, a mandar mensagens, a se importar, a querer que tudo continue na normalidade que estava, quem tenta ser gentil e educada mesmo sendo muitas vezes ignorada, quem tem que se esforçar pra entender o que passa naquela porcaria de cabeça, somos nós.
Quem tenta não fazer esse sentimento morrer, quem carrega todo o mau-humor, insensibilidade e “escrotismo” nos ombros, não pode ser mais ninguém além de nós.
Eu sinceramente não consigo entender o porquê que eles sempre – sempre – fazem isso e também fico sem entender o que eles ganham fazendo assim. Será que um dia eles vão poder amar de verdade sem magoar? Sem nos fazer pensar, sem duvidar, sem ter medo ou sem nos fazer fantasiar? Ou será que vai ser pra sempre assim com todas?
Realmente, eu precisava falar isso senão não sei o que mais eu falaria. Confesso que fiquei muito triste em saber que ele pensa assim e que faz isso com o maior orgulho, mas o que eu sou?
Como é difícil mostrar para uma pessoa diferente o que ela realmente precisa ter: um amor de verdade.

sexta-feira, 25 de março de 2011

biggest than...



... a própria vontade de sonhar.

Maior do que a vontade de ser e viver.

Maior, bem maior do que as montanhas.

Mais caro do que todas as jóias do mundo juntas.
Maior do que o mais poderoso vício.

Maior do que qualquer palavra.




[Todas as fotos são de minha autoria. Lene Motta]

quinta-feira, 24 de março de 2011

do you want to know what I write about you?

Eu estava com um novo pacote de textos pronto para ser postado aqui, mas resolvi mudar o trajeto devido a algumas modificações semanais. Uma dessas que me levou a mudar foi, de que maneira tenho utilizado minhas palavras. Minhas ferramentas e meus meios de comunicação com as pessoas. Será que eu realmente me tenho feito entendível ou será que ficou alguma migalha da clareza esquecida sobre a mesa?
 Ontem, eu mesma disse que a pior coisa é você desejar ser entendida quando ninguém entende. As palavras são assim. Elas podem se expressar em um momento em que você não quer entendê-las ou simplesmente, elas te confundem. Elas causam isso também. Mas, se apenas agora, eu pudesse me esclarecer e usar - ou pelo menos tentar usar - minhas palavras corretamente, diria que estas são iguais a mim. Não se arrependem de serem introduzidas num texto. Não se lamentam se as pessoas vão lê-las ou entendê-las e escrevem o que especificamente querem realçar em cada pessoa.
 Eu sou uma palavra, e não me arrependo de nada que participei. Nada que realizei e nada que fui capaz de formar.
 Assim como textos, existem palavras que não se encaixam, mas eu escolhi fazer essa história.

sábado, 19 de março de 2011

i was wondering.

"Engraçado como não te vigio mais... Nem presto mais atenção nas duas girias, nem no seu andar, nem na sua fala.
Engraçado como não ouço mais a música dos seus passos, a brisa do seu respirar ou o calor dos seus beijos e abraços... Como é estranho, não te encontrar mais por aqui, nem por ali ou acolá.
Como eu queria que soubesse que de todas as suas frases e chamegos, eu me esqueci e que não vou mais voltar a trás com isso.
Queria que soubesse também, que cresci e que aprendi, que a vida leva consigo o que é pra ser levado. E nós, não devemos bater o pé pra que isso volte, porque tudo que vai ou vem, tem seu propósito.
Eu só queria terminar esse dia sem nenhum tipo de dúvida e localizar minha alma totalmente na paz.
Eu queria saber se durante todos esses dias eu fui invisível pra você."

[by b.s]

sexta-feira, 18 de março de 2011

song of november.

O que faz o seu amor girar?
Seria receber mais uma mensagem sua no meu celular
Seria mais uma chamada sua a tocar aquela música
que aprendi com você no final de novembro do ano passado
eu não sabia direito a letra, e cantava tudo errado
fora do compasso que conseguíamos cantar.
O que me faz movimentar é o vibrar o seu abraço
colocado aos meus,
parece duas árvores unidas em uma só raiz.
Filosofia de um mundo que você disse
no balanço do balanço das cordas ao tilintar
nos ouvidos jovens, loucuras de amor
um amor eterno, um amor pra sempre...
Na realidade, nada é pra sempre
nada que seja nosso, nada que seja eu
nada que seja comparado ao sentir um desejo
o sabor de um beijo ou cheiro das flores
quantos anos vivi a esperar dizer essa palavra:
amor.
Quer viver mais uma vez aquela nossa canção de novembro?

domingo, 13 de março de 2011

what makes you think?

  Aloha, aqui estou eu devolta!  Passei um tempinho fora por dois motivos: primeiro deles, nosso querido Carnaval e o outro, é porque tive meu momento 'uncreative'. Mas de boa, voltei.
  Voltei, mas continuo sem criatividade. Twittei, compartilhei no orkut e facebook, apelei nas frases do msn, quase gastei meus créditos mandando mensagens para uns amigos, e nada.
  É fácil dizer que devemos nos inspirar com as coisas ao nosso redor, mas é tão difícil se assemelhar à elas, que as vezes parece que a sua criatividade foi roubada enquanto você dormia. É fácil dizer coisas que não sentimos, que não compartilhamos com outras pessoas ou que nem mesmo vivenciamos um dia. Mentir é fácil, difícil é pintar a mentira sem sonhar com ela.
  O que me faz pensar? O que me faz escrever ou continuar assim? O que me inspira, o que dá um up nos meus dias? O que faz ser assim? Tudo assim...
  Na realidade, eu não sei. Não sei de onde vem nem pra onde vai. Sei que as fontes de tudo o que eu faço e razões pra tudo o que eu faço estão mais próximas de mim do que eu mesma posso imaginar. Escola, casa, rua, acampamentos, redes sociais tudo isso são fontes. Tudo isso exala a essência que as pessoas nos oferecem com os seus momentos. Cada um com algo peculiar entre si.
  As pessoas. Tão enigmáticas quanto inspiradoras. Tão distantes quanto envolventes. Elas, apenas elas sabem como fazer uma cabeça girar.
  'What makes tou think? My sources...'' 

quarta-feira, 2 de março de 2011

i think...

Andei pensando sobre algumas coisas durante o decorrer desse dia, e mais uma vez pude concluir minhas idéias e dar espaços para novas perguntas.
A primeira coisa que percebi é como os seres humanos, as pessoas, cada uma delas tem algo de peculiar entre si. Algo que as separa, as difere, as torna exclusivas em qualquer referencial. 
Eu tinha um monstro feito de dúvidas em saber se o mundo, realmente gira ou não. Se as coisas mudam ou continuam a mesmice que já é por si própria. Mas então, a minha segunda descoberta foi o amor. Ele realmente existe. Ele esta em torno de tudo e de todos e muda assim como muda as estações. Os dias, as horas...
A terceira coisa foi que o tempo, apesar de ser grande e poderoso demais para mandar as pessoas pra longe de você, ele nunca será eficiente o bastante se ele foi cúmplice de algo verdadeiro. Ele nunca seria capaz de destruir sua mais perfeita obra-prima. 
E tantas outras coisas, como ninguém pode voltar se nunca foi. Ninguém pode julgar se não vê o pensamento. Ninguém pode criticar coisas que não sabe fazer e um milhão de idéias.
Eu acho... que se cada um cuidasse do que é dito seu, não haveria monstros. 

something always brings me back to you.



'... cada um tem o seu predileto. O seu melhor.'

terça-feira, 1 de março de 2011

a world of thoughts.

 Estou me impondo uma rigorosa censura, só assim você não vai ficar flutuando no espaço vazio.
 Percorrer um pedaço do caminho não é o mesmo que tomar o caminho errado, pois o caminho de todos os mistérios aponta para dentro de si próprio.
 Só o que é racional é viável, mas é tão vazio quanto uma lousa antes de o professor entra na classe.
 O céu estrelado sobre mim e a lei moral dentro de mim é como um planeta atordoado ao redor de um sol fumegante.
 Mais inteligente é aquele que sabe que não sabe, mas o adivinho tentar adivinhar algo que na verdade não dá pra adivinhar.
 A unica coisa de que precisamos para nos tornarmos bons filósofos é a capacidade de nos admirarmos com as coisas, afinal de contas, algum dia alguma coisa tinha que ter surgido do nada, mas nada pode ter surgido do nada, nós também somos poeira estrelar.
 Da produção de agulhas à fundição de canhões.
 Um barco carregado de genes navegando pela vida e das ruínas ergueram-se as construções monumentais. O brinquedo mais genial do mundo.
 Seres humanos de linhagem 'divina' vestidos com trajes de mortais, Deus não é um manipulador de fantoches. Ele queria limpar o terreno dos velhos hábitos.
 Um desejo terrível, egoísta, veio à tona dentro dela, contudo o anseio de voltar à verdadeira morada da alma era grande.
 Duas ou mais melodias soando ao mesmo tempo e o homem está condenado à liberdade.
 Um equilíbrio precário entre as forças do bem e do mal em um antigo espelho mágico. E a garota do espelho piscava os dois olhos ao mesmo tempo.
 Um organizador, um homem extremamente meticuloso, que queria pôr ordem nos conceitos dos homens. Atira-o, então, ao fogo! Uma centelha de fogo.

segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

X, Y, Z

Era uma vez três letrinhas que se chamavam X, Y e Z, respectivamente. X era uma letra idiota, Y uma letra indecisa e Z era o segredo. Y não sabia com quem mais combinava. Não sabia se ficava mais bonito XY ou ZY, era totalmente indecisa, porém sempre achou que XY fosse mais sofisticado. Mas, como em todo caso, sempre tem um que faz o papel do insatisfeito, e nesse, X apesar de gostar de Y e estar sempre junto a essa letra, ele é mais chegadinho em um W. Porque mais que não combinem nada. Z é uma letra amiga e companheira de X e Y,  mas esconde um segredo há muito tempo em relação a um deles.
Alguns anos se passaram e muitas coisas mudaram para X e Z, e que conseqüentemente afetou indiretamente a letra Y. X tinha que largar algumas coisas, deixar W pra trás, pegar os meninos e por na pochetezinha e mudar de posição no alfabeto. W ficou triste e Y também então Z teve uma brilhante idéia. Sabia que aquele seria o momento mais do que apropriado para expor a todas as letras do alfabeto o seu maior segredo. W desistiu de X. X se mudou. Enquanto Y pensava o que fazer da vida, Z pensava o que fazer da sua vida em relação a Y. Mas porque Y? Y não era de X? X não era de W? O que Z pretendia fazer? Qual era o segredo?
Na realidade, quanto mais eu tento desenrolar essa história mais certeza do segredo eu tenho. Tudo parece fazer sentido quando nos esperamos a favor do tempo. Pode parecer também que nunca terá fim. Que aquilo que mais esperamos nunca estará verdadeiramente preparado pra nos receber com a mesma intensidade com que o recebemos e que, quando este estiver pronto, não será pra ficar, mas para ir embora.
Z tinha um segredo, que até eu desconheço, mas que apenas uma letrinha poderia entender: um amor.

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

fly.

Já parou pra pensar que quando queremos muito alguma coisa, tudo o que era tão simples se transforma dificil?!
Ou então, você já deve ter percebido também que depois de tanto lutar por algo, e se dar conta que esse algo é algo definitivamente impossível de se alcançar e então você desiste. E já percebeu que quando chegamos a esse ponto, parece que todas as possibilidades saem da toca procurando por você?!
Já percebeu também que quando outra vez queremos muito algo coisa, o tempo se fecha. Não há sorrisos, nem cortesia, nem carinho. Não há nada. Só você e seus modos. Besteira! Imagina se você não estivesse nem ai, a felicidade que o mundo todo iria ser com você. Suponho que seria até um pouco falso, mas... perca de tempo.
Minha dica pra você?! Tudo que vem fácil, vai fácil. Se nada foi gentil com você uma vez, então nunca será. Não gaste seus sorrisos, seus esforços, seu precioso suor por coisas que não valem nem a metade de tudo que seja mais precioso em você. Isso não vale nem a metade do preço do amor dos orgulhosos.
Não é porque sempre te tratou mal e agora te deu um sorriso, não é algo bom. Corra disso! Corra dessa falsidade mesquinha. Corra pro mais longe que puder! E se seus pés forem tão rápidos ao ponto de voar, voe. E não tenha medo de nada.
Eu aprendi. Eu voei e eu pousei numa ilha de novas oportunidades. Não se prenda ao pouco. Vá atras do muito. Vá atras de quem quer realmente o seu bem e se importa com você. De quem quer o mesmo da mesma intensidade que você.

i look at you.

Eu acho que mais do que gritar, é o poder de falar com o olhar.
É a intimidade que expressa no silêncio entre duas pessoas.
São aqueles olhares perdidos, que olham mas se escondem.
Brincam com o meu olhar, mas eu sempre vou achá-los.
Sei muito bem o que você pensa de mim só em te olhar, olhar e olhar.
Você não me diz nada. Basta você estar no meu lado durante alguns minutos
e me olhar com aquele olhar, que tudo fica em evidencia.
Não preciso estar do seu lado sempre, mas sei que você sempre me carrega.
Sei também que você é da mesma que eu. A mesma intensidade.
Não preciso ter uma bola de cristal. E você ri quando eu digo isso. Mas é verdade, amor.
Veja como o meu olhar te ama!
Espero te ver amanhã e sempre, até o fim desse ano e mais!

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

hope.

Apenas diga o que tem a dizer e fique por aqui mesmo. Me desculpe por querer sempre mais de você enquanto eu ofertava tão pouco... sei muito bem o que significa o fim, queria eu ter voltado atrás e mudado, mas não posso. E se você quiser deixar tudo pra trás, eu entendo. Apesar do tempo ter ficado contra nós, eu ainda sinto sua falta e quero voltar ao começo toda hora. Não quero fazer isso no momento, mas acho que meu melhor pensamento ultimamente tem sido você. Sei que não sei nada sobre o que é o amor, mas o pouco que já concluí queria que você soubesse. Às vezes tenho vontade de escrever as mais belas palavras ao redor do seu nome só pra ver mais uma galáxia se formando. O dia exato alinha seus cubos de vidro e corações despedaçados. Se não posso ser o que sempre quis aqui, então deixe-me viver onde seus sonhos estão bem aquecidos e por favor, quando eu estiver dormindo junto aos seus planos, não mate mais uma vez a minha esperança. Estou cansada de ressuscitá-la.

where is it?

Onde será que fica a terra dos homens honestos? Daqueles que se interessam pelas coisas, que se importam quando algo ruim te acontece, que valoriza o amor.
Onde vive o homem que se alegra quando você chega a algum lugar, que te liga para simplesmente ouvir a sua voz e que fica louco quando não ouve a mesma, pelo menos várias vezes ao dia.
Onde anda o homem que deseja, acima de tudo, estar ao seu lado, que ri dos momentos, que apóia e quer dividir os seus sonhos e medos. O homem que chora, que torce, que grita pro mundo o seu amor.
Cadê o homem que abraça, que beija, que faz um carinho, que luta por você. Que corre com você. Que faz de tudo por você. Por você.
Quem substituiu esses homens, por homens que dormem. Que apenas se interessam, importam e valorizam a si próprios e que se exploda o resto. Homens que não se alegram. Insatisfeitos. Que não torcem, que não ligam nem um pouco se quer em saber se você esta bem, se ele próprio esta bem ou se o mundo em que vive esta bem. Aquele que ao invés de te ouvir por alguns segundos, te cala. Excluindo você do mundinho mesquinho dele. Homens que vêem o amor como apenas uma palavra. Uma palavra negociável.
Onde será que vivem os homens de verdade?

domingo, 20 de fevereiro de 2011

stars.

Se eu pudesse definir meu resto de final de semana em apenas uma palavra, essa seria: reflexão.
Tive oportunidades unicas e simples para pensar melhor em algumas coisas e, foi fantástico.
Vi que as vezes eu ignoro as pequenas coisas e valorizo as coisas grandes e passageiras.
Não que estas não valham a pena, mas a questão é até que ponto eu vou com elas.
Pude refletir sobre o que é o futuro, por mais impossível que ele possa ser.
Como posso ter certeza ou fazer planos pra um lugar que nem sei se vou chegar. E ainda nem deu tempo de dormir a noite de hoje.
Pensei nas pessoas... Ah, as pessoas... Como eu sou ligada à elas. Percebi que não consigo viver sem elas. Sem o sorriso delas. As palavras, os momentos com elas.
Vi que nada é pra sempre e que quando chegamos é porque uma vez precisamos partir. Nada é fixo.
Como um barulhinho pode te alegrar ou te destruir. É questão de humor.
Percebi como as pessoas são persistentes com suas ambições e sonhos que não são seus.
E que apesar de olhar um céu imenso, o mundo é tão pequeno. Quem é distante pode sentar na sua frente.
Se eu quiser posso cantar em todas as línguas e tocar todas as notas e fazer novas. Que posso ter meus sonhos e que sou capaz de sustentá-los.
Liberdade pra mim também é sentir saudade, claro, se um dia houve amor.
Podemos amar pessoas frágeis, quando elas realmente são fortes.
Posso refletir sobre meu passado e minhas raízes.
Concluí que quando não consigo algo, penso em alguém. Porque isso agora?
O amor também pode transformar as pessoas.
Aprendi que sou quem sou do jeito que sou e isso faz parte de mim. Você é quem você do jeito que você é e isso faz parte de você. E nós somos quem somos do jeito que somos para completar outros.
O verdadeiro coração é a mente.
Horizontes não tem fim. E as nuvens são eternas.
Tudo o que precisamos nós nunca sabemos bem ao certo.
Às vezes fico surpresa em saber de tudo isso. Veja que acontece conosco quando olhamos por alguns segundos as estrelas...

listen.

"Assim que o dia amanheceu lá no mar alto da paixão, dava pra ver o tempo ruir. Cadê você? Que solidão! Esquecera de mim? O fim de tudo que há na terra não há nada em lugar nenhum que vá crescer sem você chegar. Longe de ti tudo parou. Ninguém sabe o que eu sofri...  Amar é um deserto e seus temores. Vida que vai na sela dessas dores. Não sabe voltar.  Me dá teu calor. Vem me fazer feliz porque eu te amo. Você desagua em mim e eu oceano esqueço que amar é quase uma dor. Só sei viver se for por você."       Djavan - Oceano

sábado, 19 de fevereiro de 2011

the beginning.

 O começo. Creio que todas as pessoas, sem exceção de nenhuma, anseie sempre por um novo começo. Estamos também continuamente falando que não existe fim, e sim, novos começos. Existem também experiências que vamos praticando ao longo da jornada e que muita vezes fracassam. Mas o bom cientista não é aquele que descobre, mas é aquele que tem coragem de recomeçar.
 Pra começar algo, seja ela coisas pequenas ou grandes. Fáceis ou até mesmo impossíveis, é preciso ter desviado do caminho certo um dia. Ou pelo menos ter pego um atalho no mínimo errado. Às vezes também, é preciso começar novamente porque abrimos mão daquilo que, realmente sabíamos que não iria dar certo naquela hora, então, por isso, voltamos aos nossos conceitos base.
 Só fiz esse blog porque precisava de uma nova inspiração. De um novo canal pra me comunicar mais uma vez.
De um novo caminho que me levasse até aonde eu sei que não posso ir. Um caminho que levasse até você. O começo.